segunda-feira, 4 de abril de 2011

Um quarto de hora

Janelas abertas, portas trancadas,
terceiro andar donde não há paisagem.
Folhas brancas, idéias espalhadas,
origami trazido duma viagem.

Lâmpadas acesas, taças quebradas,
manchas fluorescentes tal miragem.
Canetas diversas, cartas lacradas,
livros atentados numa passagem.

Espelhos, mil espelhos nas paredes,
todos refletem o riso nervoso.

Espelhos, mil espelhos nas paredes,
todos devolvem o pranto ardoroso.

Espelhos, mil espelhos nas paredes,
odos engolem o pequeno gozo.

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