eu lhe escrevo este poema
com uma formosa pena
d'um cativo anjo arrancada
que jaz em minha morada
e não há culpa q'eu tema
nem tenho nenhuma pena
da sua asa delicada
pelos versos depenada
suas lágrimas são a tinta
que mancham o meu papel
Seu copioso pranto encanta
tal canto de menestrel
Sua tristeza faz q'eu sinta
um gostoso drink de fel
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