segunda-feira, 4 de abril de 2011

O teu epitáfio

Observe este tracejado tormento
Cada qual segue seu próprio momento
Mesmo que seja desespero puro
Sigas tu neste corredor escuro

Debaixo deste gélido cimento
Mogno já faz parte de seu elemento
Belas palavras ao sepulcral muro
Já que tu foste entregue ao obscuro

Teus olhos podem continuar fechados
Se abri-los luz alguma sentirá
Sem frestas para o ar que respira

Tua mente e corpo estão emparedados
e mesmo querendo ato algum fará
São ecos dos gritos um dia ouvira

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