segunda-feira, 4 de abril de 2011

Meu tear

Quando parto de linhas sintéticas
e mais de mil mãos artificiais
Querendo imitar antigas estéticas
tento copiar os bordados manuais

Fujo das mentes modernas e céticas
e luto contra o tear dos dias atuais
descubro verbos e reinvento métricas
só não sei tecer os pontos finais

em minha casa uma tapeçaria
que supostamente persa seria
tentativas que foram todas vãs

em fios dourados, quanta alegria!
nessas tantas cores que já se via
e que por vezes sequer eram sãs

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