segunda-feira, 4 de abril de 2011

Das nuvens d'uma madrugada

Anjo leviano, deitado ao dossel,
d'um ar entediado e observar displicente
Porque tu desejas algo além deste céu?
Minutos a me fitar, o que tens em mente?

Deslinha em distintas cores um carretel,
que só sugere alguma fantasia "inocente"!
Porque poda da cama seu ilustre véu?
A perder-se numa nudez não-aparente?

Pois não esperas de mim menos do que tudo?
De velas pelo quarto sopro o que não canto!
Me provocas as idéias mais libidinosas...

Da tua navalha sabes que não tenho escudo?
Lençóis espalhados por capricho e encanto!
Tuas asas me são caras e prazerosas...

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