segunda-feira, 4 de abril de 2011

Nobilíssima Dama

Pois então diga-me, divina e nobre dama,
dos traços assim tão suaves e delicados,
voz dulcíssima e cabelos amaciados,
porque não atirar pedras à tua cama?

Pois então diga-me, maligna e vil dama,
de feição taciturna e olhos mal-amados,
tom sibilante de diversos desagrados
porque eu ainda presto vênia à tua fama?

Sabes, ao baile de modo algum te convido!
Não te agradaria a luminescência da lua...
Ou o som da lira de minha inspiração!

Só por mim, desejo que lhe reste o olvido!
Por deleite quebro taças à pele nua...
Para que cures feridas em solidão!

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